“Não sabemos o que significa este mundo amplo; a sua estranha mistura de bem e de mal. Mas fomos colocados aqui e foi-nos oferecida vida e esperança. Não sei no que devemos ter esperança; mas existe algo de bom além de nós que devemos procurar; e essa é a nossa tarefa na terra. Se o infortúnio vier ter connosco, temos de o combater. Temos de o colocar de lado e continuar a descobrir ao que devemos, por natureza, almejar.”
Esta semana venho falar-vos de uma leitura que foi, de facto, meramente de oportunidade. Conhecia a obra apenas de nome e, apesar de ter pensado em ler, foi apenas na semana que passou que, quando por acaso e enquanto procurava por outra obra me deparei com Mathilda e que pensei que, mais valia aproveitar esta época em que temos tanto tempo e tanta margem para o gerir como nos melhor aprouve para a ler.
Toda a gente conhece a história. É exatamente o tipo de história que nos habituamos a ouvir e a ver adaptada nas mais diversas formas ao longo do tempo e que, também por hábito e afeição, vamos reproduzindo e propagando também nós. Raramente pensamos acerca da sua origem ou sobre como seriam antes de serem tão transformadas pelas sucessivas adaptações. Confesso que foi por causa do ballet que me lembrei de ler a história original de O Quebra-Nozes.
“Um por um, estavam todos a tornar-se sombras. É preferível partir para aquele outro mundo de forma arriscada, na completa glória de alguma paixão, do que desvanecer e murchar tristemente com a idade”
Pessoalmente e enquanto leitora, gosto muito de James Joyce e da sua obra. Ulysses é um dos meus livros preferidos de sempre e devem existir poucas entidades literárias de que goste tanto ou que me fascinem tanto quanto este autor. Então, quando pensei nos livros que queria ler este ano coloquei na "lista" dois livros de Joyce, tendo este sido o primeiro que consegui comprar e ler.
Dai-me o meu manto, colocai-me a minha coroa; tenho anseios imortais em mim.
Se costumam seguir o blog já notaram que obras deste autor vão surgindo com mais frequência do que qualquer outras. É um dos meus preferidos e, como tem uma obra tão extensa, parece que não se acaba nunca, o que é ótimo. O ano que passou dei privilégio às comédias e lembro-me de que vos falei no mínimo de As YouLikeIt e de Much Ado AboutNothing, e apenas de uma tragédia, JuliusCaesar. Este ano decidi começar por uma tragédia que já há muito queria ler – AntonyandCleopatra.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.