Deste demasiado espaço à tua imaginação. A imaginação é um bom ajudante e um mau mestre. A explicação mais simples é sempre a mais provável.
Acho que nunca tinha escrito aqui sobre uma obra deste género. Realmente, não costumo ler muitas histórias assim. De Agatha Christie só me lembro de ter lido Um Crime no Expresso do Oriente quando era mais nova. Em relação a esse, lembro-me de ter gostado muito e de ter ficado bastante impressionada com a história e, sobretudo, com o seu final, como creio que, de resto, acontece a quase toda a gente. Recentemente surgiu a oportunidade de ler esta primeira obra da autora e, confesso que já estava tão preparada para algo rebuscado ao nível Expresso do Oriente que acho que já comecei a ler esta obra demasiado expectante e alerta.
A nossa é essencialmente uma época trágica pelo que nos recusamos a levá-la tragicamente. O cataclismo ocorreu, estamos entre ruínas, começamos a construir pequenos novos habitats, a ter pequenas novas esperanças. É um trabalho árduo: não há uma estrada direta para o futuro: mas damos voltasou apressamo-nos entre os obstáculos. Temos de viver, independentemente de quantos céus caíram.
Já gostava de ter lido esta obra há mais tempo, mas apenas este ano coloquei mesmo na minha “lista”. Compreendo que é uma obra bastante popular e talvez existam mais pessoas que já a leram do que pessoas que a querem realmente ler. A popularidade precede-a.
Na verdade, esse é o meu segredo — nem sequer consigo falar sobre ti com outras pessoas porque não quero que mais ninguém saiba o quão maravilhoso és.
Apesar de The Great Gatsby ser um dos meus livros preferidos confesso que, tirando alguns contos e um poema aqui ou ali, nunca tinha mais nenhuma obra de Fitzgerald. Este ano, por alguma razão, lembrei-me desta falha e comprei os 3 romances deste autor que me restavam ler. Comecei por Terna é a Noite.
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!
Penso que ainda não tinha tido oportunidade de vos falar sobre nada de Eça de Queiroz. É provavelmente o meu autor português preferido e se não vos falei sobre nada dele mais cedo foi porque a maioria das suas obras li quando era mais nova. Calhou muito recentemente falar sobre este autor e perceber que ainda não tinha lido esta obra. Na altura em que li as obras de Eça, apesar de não ter sido assim há tanto tempo, não era tão frequente existirem tantas e tão diferentes edições.
Conseguia lembrar-me de como o meu pai me costumava dizer que a razão para viver era preparamo-nos para permanecermos mortos durante muito tempo.
Há um tempo atrás tinha pensado em ler O Som e a Fúria. Não comprei logo porque achei que, como é tão popular, encontraria em qualquer lado. Confesso que, entretanto, me esqueci completamente e, apenas no outro dia, por acaso, me deparei na livraria com este outro livro de Faulkner e me lembrei de que já queria ter lido algo deste autor. A verdade é que me coloquei ali a ler excertos de As I Lay Dying e lembrei-me de já ter ouvido falar muito e bem deste livro e, como aquilo que estava a ler me parecia tão diferente e a premissa da obra tão interessante, decidi “bem, vou começar por ler este”.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.