Daquela janela, aberta sobre as serras, entrevia uma outra vida, que não anda somente cheia do Homem e do tumulto da sua obra.
Parece que ainda há pouco escrevi aqui sobre a minha leitura de O Primo Basílio e e agora escrevo novamente sobre uma obra de Eça de Queirós. Gosto muito da sua obra no geral. Como já tive oportunidade de escrever aqui, é um dos meus autores portugueses preferidos. A Cidade e as Serras era uma das obras que me faltava ler dele. Tive a oportunidade de este ano a adquirir na Feira do Livro e, finalmente, na semana passada, consegui lê-la.
Quando um homen nasce … são lhe lançadas redes que o impendem de voar. Falas-me de nacionalidade, de linguagem, de religião. Tentarei voar além dessas redes.
Se não estou em erro, penso que esta é a terceira obra de Joyce sobre a qual vos escrevo este este ano. No fim do verão escrevi-vos sobre Finnegans Wake, no fim do inverno sobre Dubliners. No ano passado ou no anterior, escrevi-vos sobre Ulisses - uma das minhas obras preferidas de sempre. Isto também quer dizer que esta é a última vez que escrevo sobre algo deste autor, justamente porque só me restava ler Retrato do Artista Quando Jovem, que terminei na semana passada e que muito me impressionou.
A mão do diabo coordena todos os nossos movimentos —
As coisas que detestamos tornam-se as coisas que amamos;
A cada dia caímos por sombras fétidas
Bastante implacáveis na nossa descida ao Inferno.
Tinha As Flores do Mal lá por casa há bastante tempo para ler e nunca me convencia a fazê-lo. Agora que estamos quase no fim do ano e já não tenho assim tantos livros por lá perdidos, decidi que tinha de ser. Não costumo ler muito poesia, confesso, e, geralmente, quando leio são sempre obras que sei que tenho mesmo de ler. O que, na maioria das vezes, acaba por funcionar muito mal, já que escolho obras mais complexas e que — talvez por não estar tão habituada ao estilo —, se tornam ainda mais difíceis.
Indiferentemente, Anthony deixou-se cair numa cadeira, a sua mente estava cansada — cansada de nada, cansada de tudo, com o peso do mundo que ele nunca escolhera suportar.
Belos e Malditos era a última obra que me faltava ler de F. Scott Fitzgerald. Este ano escrevi aqui sobre Tender Is the Night e sobre This Side of Paradise, das quais gostei muito.The Great Gatsby li quando era muito mais nova e que continua a ser uma das minha obras predilectas. Faltava só mesmo The Beautiful and Damned ou, como na tradução portuguesa, Belos e Malditos.
Esta foi provavelmente uma das leituras que mais fui adiando. O General no seu Labirinto era um dos livros que estava na minha lista para ler há mais tempo. Gosto muito do autor e, de todas as obras que li dele até agora, não houve uma que não me tivesse cativado e fascinado. Gosto muito do seu estilo. Há uns tempos descobri esta obra e quis ler por, realmente, se basear numa personalidade histórica real. Queria ver o que faria o autor, com o seu estilo, com algo deste género, real.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.