“A partir do momento em que foi descoberto, o absurdo é uma paixão, a mais lancinante de todas. Mas o problema está em saber se podemos viver com as nossas paixões, se podemos aceitar a sua lei profunda, que é a de queimar o coração que elas ao mesmo tempo exaltam.”
A minha história com este autor e as suas obras é tão estranha, louca e bizarra, que nem vou por aí. Prosseguindo: da primeira vez que li algo deste autor, foi O Estrangeiro (do qual falei aqui no blog) e do qual gostei imenso. Gostei ao ponto de querer ler mais de Camus. Porém, não o suficiente para ir logo a correr ler tudo. O Mito de Sísifo veio mesmo um bocado “por acaso”.
“Sempre pensei que morrer de amor era apenas uma licença poética”
O primeiro livro que li de Gabriel García Márquez foi Cem Anos de Solidão. A esse seguiu-se O Amor em Tempos de Cólera. Há uns tempos lembrei-me do nada de que devia voltar a ler algo deste autor. Por nenhuma razão em particular. Simplesmente veio-me o pensamento à cabeça. Gosto de pensar que quando isto me acontece, é um sinal. Fui pesquisar qual o livro do autor com uma história que mais me apelasse e escolhi este.
“Não há grandiloquência, símiles, flores, digressões, ou descrições desnecessárias. Tudo tende diretamente para a catástrofe."
Li este livro porque tive de ler. Questões académicas. O gótico é o meu objeto de trabalho no momento, e embora eu tivesse fugido de ler este livro durante um tempo, acabei por sucumbir à necessidade, dever, e à curiosidade natural de quem estuda. Então consegui arranjar esta edição mega completa da Wordsworth que contém três histórias góticas: The Castle of Otranto, Vathek, e Nightmare Abbey. É uma edição excelente para mim. O Castelo de Otranto é a história principal, e como tal é dela que vos venho falar esta semana.
“Uma mente bem informada é a melhor segurança relativamente ao contágio da ignorância e do vicio.”
Devo dizer que li este livro só porque teve de ser. Fez falta por razões académicas. A primeira vez que ouvi falar do livro foi quando li a maravilhosa obra de Jane Austen – Northanger Abbey. Como sabem (ou deveriam saber), Northanger Abbey é uma paródia ao género do romance gótico. Nessa obra aparecem várias referências a este Os Mistérios do Castelo de Udolpho, que de resto é o principal alvo da paródia, já que é o livro preferido da protagonista. Pessoalmente, o estilo do romance gótico não é o meu preferido, mas eu não desgosto dele, e essa é exatamente a maneira como me sinto em relação a este livro.
“Tu dizes que amas, mas com um sorriso tão frio como o nascer de sol em setembro.”
Se acompanham o blog, repararam que há umas semanas partilhei uma review de uma coleção com os poemas de Y.B.Yeats. Na altura em que comprei essa coleção, comprei também a de Keats, Shelly, e Byron. A semana que passou terminei a leitura da coletânea com os poemas de Keats. Keats é um dos meus poetas românticos preferidos, e com tal foi com muito entusiasmo que comecei a ler esta coleção.
“Não posso pensar nisso agora. Se o fizer, enlouqueço. Pensarei nisso amanhã. Então, vou conseguir suportá-lo. Afinal, amanhã é um novo dia."
E Tudo o Vento Levou é um clássico. Clássico do cinema, mas sobretudo clássico da literatura. Se vos disser quantas vezes, nos meus 22 anos me preparei para o ler ou para o ver e não o fiz, não acreditariam. O filme tem mais de 4 horas, o livro mais de 1000 páginas. Estão a perceber? Este verão, numa tarde em casa disse a mim mesma, de hoje não passa. Vi o filme. Vai parecer-vos exagerado, mas foram das 4 horas mais gloriosas e bem passadas da minha vida. Quando acabei o filme, abri a internet e mandei vir o livro. No sábado passado acabei de o ler, ao fim de 2 semanas. Das melhores da minha vida. Nunca me perdoarei por não ter lido este livro mais cedo.
“De amanhã em amanhã vão-se arrastando nossos dias, numa senda sem sentido, até à última sílaba do tempo registado; e a luz dos nossos ontens vai-nos guiando, quais tolos, para a morte.”
Shakespeare é um dos meus autores preferidos de sempre. E Macbeth é um das poucas peças do autor que ainda não tinha lido. Sinceramente, nem sei bem porquê. Acho que, como já conhecia a lenda, não tinha assim tanto entusiasmo para ler. Porém, como recentemente surgiu a oportunidade de fazer um trabalho na Faculdade sobre esta obra, comprei-a e li.
“Eu acredito numa mistura de esperança e sol que adoça as piores coisas. Eu acredito que esta vida não é tudo; nem o começo, nem o fim. Eu acredito enquanto tremo; eu confio enquanto choro.”
O único livro das Brontë que ainda não tinha lido! Finalmente, posso riscá-lo da minha lista. A única razão pela qual ainda não tinha lido Villette foi o facto de não haver uma tradução em Portugal, e eu gosto sempre de ter uma versão em português e uma no original dos clássicos dos meus autores preferidos. E as Brontë estão definitivamente nessa categoria. Adoro-as. Como tal não fiquei surpreendida com a qualidade desta obra. A única coisa que me surpreendeu foi o facto de este livro não ser tão falado como os outros livros das Brontë, inclusive de Charlotte.
“Tudo o que é bonito deriva para longe como as ondas”
Estava de férias no Algarve, quando calhou ir a uma Fnac e me deparei com uma coisa maravilhosa! Imensos volumes de uma coleção de poesia publicada pela editora Wordsworth. Adoro poesia como sabem, mas sou incapaz de ler qualquer coisa. No que toca a poesia sou muito mais seletiva do que com prosa, por exemplo. Porém, esta coleção tem volumes dos melhores poetas de sempre, e a preço muito acessível. Comprei os volumes de poesia de Lord Byron, Shelly, Keats, e claro de Yeats, e no final só paguei cerca de 25 euros, acreditam? Quer dizer, são as versões em inglês, como é óbvio, mas ainda assim é muito barato! O primeiro que li foi o de Yeats, porque para vos ser sincera, gosto de guardar o melhor para o fim, e destes quatro, Yeats é o meu menos “preferido”.
No princípio das minhas férias de verão vi um filme que me marcou profundamente e que rapidamente se tornou no meu segundo filme preferido de todo o sempre. Vi-o completamente por acaso. Estava a ver uma lista com filmes “must watch”, e lá estava este glorioso filme na lista. A minha escolha foi ajudada pelo facto de o filme ter sido realizado pelo meu realizador preferido. Falo do filme Requiem for a Dream, de 2000, realizado por Darren Aronofsky, que em Portugal recebeu o título de A Vida não é Perfeita. Quando acabei de ver o filme e descobri que era adaptado de um livro, não perdi tempo. Encomendei o livro imediatamente. Chegou às minhas mãos na segunda-feira e não o larguei um segundo desde então.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.