Não há nada que abunde mais na minha biblioteca do que romances ingleses de século XVIII e XIX. Durante a minha adolescência era tudo o que gostava e tudo o que lia e foi através deles que conheci todos os outros grandes clássicos que fui lendo. Recentemente, não sei bem explicar porquê, fui me lembrar de que não tinha lido assim tanto de Dickens. Great Expectations (Grandes Esperanças em Portugal), óbvio, e alguns contos, mas onde estavam os outros romances dele que eu sabia de antemão que ia adorar? Foi mais ou menos o mesmo que me levou, há uns tempos, a fazer uma encomenda de obras de Shakespeare que ainda não tinha lido (falei de algumas aqui no blog!). Assim que pensei nisto fui ver o que me faltava ler, fiz uma encomenda e venho-vos agora falar de uma das coisas simultaneamente mais doces e cruas que já li, Oliver Twist!
“Quando nascemos, choramos por virmos para este grande teatro de bobos.”
Esta semana trago-vos outra obra para o que chamei aqui no blog “ciclo Shakespeare”. Sinto-me simultaneamente modesta e envergonhada por só agora ler e falar sobre uma das peças mais populares e apreciadas de Shakespeare e, por conseguinte, do mundo. Confesso que ainda não tinha lido esta peça porque dei prioridade às peças do autor com motivos, digamos, mais românticos, o que não surpreende ninguém. Mas finalmente, li Rei Lear.
“Não é sábio encontrar significado em tudo o que se vê. Tal torna a vida demasiado repleta de terrores.”
Oscar Wilde é muito conhecido. O que não se sabe tanto sobre si é que, ao contrário da crença comum, ele não escreveu maioritariamente prosa. De facto, a conhecida obra O Retrato de Dorian Gray é um caso único na sua vida artística. Essa obra, uma das minhas prediletas, foi aquela que me introduziu ao autor e foi devido a ela que comecei a ler outras coisas de Wilde, sobretudo peças, contos e poemas já que, confesso, ainda não tive oportunidade e, sobretudo, curiosidade, de ler uma das suas novelas, embora tenha vontade de ler O Fantasma de Canterville. Talvez num futuro próximo, por agora, Salomé.
“Afinal, os sonhos dos poetas eram as realidades da vida”
Muito tempo depois, volto a trazer-vos algo Gótico. Acho que a última vez que falei de um romance gótico aqui, foi no inicio do ano quando vos trouxe The Monk. Não sei bem dizer o porquê de ter lido O Vampiro. Se calhar é por estar muito em contacto com este género; talvez seja por ter sido quase pioneiro em termos de tema; ou se calhar, apenas calhou. Mas ainda bem que o fiz, não por ter adorado, mas devido à tradição em que se insere e na qual esta obra é tão importante.
“Não há nada no mundo que ame como a ti, não é estranho?"
Pois é, outra vez Shakespeare! Bem sei que, para quem segue o blog, já é um abuso ir na terceira obra de Shakespeare, ainda por cima quase seguidas. Mas foi como já vos tinha dito, há uns tempos senti saudades do estilo e quis ler algumas coisas do autor que me tivesse passado ao lado. Muito Barulho por Nada é a terceira obra nesta espécie de 'ciclo Shakespeare’ e, com imenso gosto vos digo que é a minha preferida até agora. Tornou-se também a minha terceira peça preferida do autor de entre todas as que li, e mal posso esperar para vos dizer porquê!
Com já vos tinha dito há umas semanas, há uns tempo apeteceu-me voltar a Shakespeare e decidi comprar alguns livros do autor que ainda não tinha lido. Se há umas semanas, vos vim falar de Como vos Aprouver, desta vez trago-vos Julius Caeser.
“Todo o mundo é um palco, e todos os homens e mulheres são meros atores”
Tinha tantas saudades de ler Shakespeare que nem vos conto! É um dos meus autores preferidos de sempre. Há umas semanas decidi que tinha de ler outra vez algo dele, então fiz uma encomenda com algumas obras que ainda não tinha lido (não sei bem porquê). Escolhi algumas das obras que, ainda que sejam das mais conhecidas, não são conhecidas ao nível daquelas que até uma pessoa que não lê com frequência conhece (leia-se Romeu & Julieta ou Hamlet) Quando chegaram, decidi começar por uma comédia, e então escolhi As You Like It, em português, Como Vos Aprouver.
“A mente é, em si mesma, um lugar, e em si mesma pode fazer do inferno um paraíso e do paraíso um inferno”
A primeira coisa que tenho de dizer é que não faço ideia do porquê de ainda não ter lido este livro e muito menos do porquê de ainda não me ter ocorrido que o devia fazer. Mas ainda bem que “me lembrei”. É um livro fundamental para qualquer pessoa que aprecie e estude literatura inglesa ou, para ser honesta, literatura no geral.
“Eu sabia quem era esta manhã, mas já mudei umas quantas vezes desde então”
Se bem se lembram, há umas semanas atrás fiz aqui a review de Peter Pan, uma das minhas histórias preferidas de criança! Nessa altura tinha mencionado que tinha também adquirido o volume de Alice no País das Maravilhas & do Outro Lado do Espelho. Está claro que já tinha lido este livro quando era mais miúda, mas decidi que precisava de ler a versão em inglês e, apesar de esta ser uma história que todos conhecem, não resisti a vir aqui falar dela!
Há um tempo que queria ler esta obra, mas a verdade é que acabei por o fazer agora por motivos académicos. Porém isso não retirou entusiasmo à minha leitura. Só aumentou um bocadinho o olhar critico e fez, talvez, com que não apreciasse bem a obra como um entretenimento.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.