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A Outra Menina Bennet

A Outra Menina Bennet

19
Out20

"Tess dos D’Ubervilles", Thomas Hardy

Sofia

Porque é que não me disseste que existia perigo? Porque é que não me avisaste? As senhoras sabem contra o que se devem guardar, porque leem romances que lhes falam destes truques; mas eu nunca tive a oportunidade de o descobrir desse modo; e tu não me ajudaste!

Tess of the D'Urbervilles (Penguin Classics): Hardy, Thomas, Dolin, Tim,  Dolin, Tim, Higonnet, Margaret Randolph: 9780141439594: Amazon.com: Books

 

Tess dos D’Ubervilles é primeiro livro que li de Thomas Hardy. E, em boa verdade, foi mesmo por querer ler algo deste autor que decidi ler este livro. Além disso, a minha escolha deveu-se à clara popularidade da obra. Tenho lido muito sobre ela e a curiosidade fala sempre muito alto (pelo menos no meu caso).

 

 

02
Mar20

“La Prespective Nevski”, Nicolas Gogol

Sofia

Juntamente com a iluminação de rua, tudo respira ilusão.

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Esta leitura foi verdadeiramente um caso de oportunidade. Há algum tempo que queria ler algo deste autor e nunca consegui. Ora porque não encontrava à venda, ora porque não queria mandar vir em outro idioma, ora porque simplesmente me esquecia que queria ler. Aconteceu recentemente ver esta edição em francês à venda numa livraria e, como era tão acessível, nem pensei duas vezes.

 

17
Fev20

“Maggie Cassidy”, Jack Kerouac

Sofia

Ela meditava e mordia os seus lábios: a minha alma começou o primeiro mergulho nela, profunda, inebriante, perdida; como se se afogasse numa poção de bruxas, céltica, enfeitiçante, estelar.

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On the Road, ou em português, Pela Estrada Fora, é um dos meus livros preferidos de sempre e fez-me gostar muito de Kerouac, vulto maior da conhecida Geração Beat. No outro dia, quando estava numa livraria deparei-me com este Maggie Cassidy. Lembro-me de ter ficado muito surpreendida por ver Kerouac à venda aqui, no original e numa obra que não é On the Road. Decidi logo comprar, mas foi a história do livro que me entusiasmou para a leitura. Maggie Cassidy tem uma ligação com On the Road. O autor pensou-o como parte da mesma realidade. Foi muito entusiasmada que comecei a leitura.

 

 

10
Fev20

“Memórias do Subterrâneo”, Fiódor Dostoievski

Sofia

Chegamos a tal ponto que consideramos a verdadeira “vida viva” como um trabalho, quase como um serviço, e estamos todos intimamente de acordo que nos livros é melhor.

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Eu sei, há muito pouco tempo escrevi-vos sobre Crime e Castigo. Mas sabem que até recentemente não sabia que existia uma tradução em português de Memórias do Subterrâneo e sempre pensei que ia acabar por ler uma versão em inglês. Por esse motivo, fui adiando porque surgiam sempre outras obras em inglês a que dava preferência. Assim que descobri, muito casualmente, que tínhamos esta tradução, fiquei tão entusiasmada que a comprei logo.

 

 

03
Fev20

"Metamorfoses", Ovídio

Sofia

É bem nocivo ser deus: a porta da morte está trancada para mim e prolonga o meu sofrer por toda a eternidade.

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Este post mostra novamente que eu valorizo os comentários que me deixam aqui no blog. No último post de 2019, uma leitora mencionou que no ano de 2020 iria ler Metamorfoses de Ovídio e imediatamente eu decidi que iria fazer o mesmo. Tinha tido vontade de o ler nos primeiros anos de faculdade quando estudei cultura clássica, mas entretanto não li logo e fui-me esquecendo. No ano passado quando li Arte de Amar deste mesmo autor, voltei a lembrar-me e novamente me esqueci. Então, quando recebi aquele comentário, encomendei imediatamente o livro para não voltar a acontecer o mesmo.

 

 

13
Jan20

“David Copperfield”, Charles Dickens

Sofia

Considerei como as coisas que nunca acontecem são frequentemente tão reais para nós nos seus efeitos como aquelas que efetivamente se concretizam.

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Quando quase no fim do ano passado vos falei de Oliver Twist recebi de uma leitora do blog um comentário que na altura me pareceu interessantíssimo. Podem voltar ao post em questão e ler. Referia-se à dificuldade de ler Dickens e ao seu encanto ou falta dele. Ora nunca eu tinha considerado essa questão e então pus-me a pensar que se calhar eu nunca tinha considerado tal porque não estava a ler bem e que não estava a entender tudo o que devia. A verdade é que muitas vezes para mim e, sobretudo nestes casos, sempre que as coisas são demasiado fáceis é porque certamente estamos a fazer algo de errado. Pensei logo que tinha de voltar a ler algo de Dickens agora com isto em mente e, como me faltava ler David Copperfield, não foi tarde nem foi cedo.

 

 

06
Jan20

“Crime e Castigo”, Fiódor Dostoiévski

Sofia

“Todos derramam sangue, que corre e sempre correu neste mundo, como uma catarata, que vertem como champanhe, e pelo qual são coroados no Capitólio e depois chamados benfeitores da humanidade. Tu olha com mais cuidado e vê se compreendes! Eu próprio queria o bem das pessoas e era capaz de fazer centenas, milhares de boas ações em vez desta asneira, que nem sequer é uma asneira mas simplesmente um absurdo, porque toda esta ideia nem era assim tão estúpida como agora parece. Ao falhar, tudo parece estúpido! Com esta asneira queria apenas colocar-me numa posição independente, dar um primeiro passo, alcançar os meios, e depois tudo seria expiado por um benefício incomensuravelmente maior… Mas nem o primeiro passo fui capaz de suportar, porque sou um canalha! É nisso que está toda a questão! Em qualquer caso, não passarei a ver as coisas do vosso ponto de vista: se tivesse conseguido, coroavam-me; como não consegui, estou encurralado.”

Crime e Castigo

No início do ano passado li Os Irmãos Karamazov, agora, na primeira semana de 2020 venho falar-vos sobre Crime e Castigo. Fiquei muito impressionada com Os Irmãos Karamazov na altura. Como vos contei no último post, foi dos livros que mais gostei de ler em 2019 e também de sempre. Decidi logo que queria ler tudo o que me faltava ler de Dostoiévski e decidi igualmente que ia começar pelos mais volumosos. Sim, esse foi o meu critério. Cada um com a sua.

 

 

14
Out19

“Oliver Twist”, Charles Dickens

Sofia

O Oliver Twist pediu mais!

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Não há nada que abunde mais na minha biblioteca do que romances ingleses de século XVIII e XIX. Durante a minha adolescência era tudo o que gostava e tudo o que lia e foi através deles que conheci todos os outros grandes clássicos que fui lendo. Recentemente, não sei bem explicar porquê, fui me lembrar de que não tinha lido assim tanto de Dickens. Great Expectations (Grandes Esperanças em Portugal), óbvio, e alguns contos, mas onde estavam os outros romances dele que eu sabia de antemão que ia adorar? Foi mais ou menos o mesmo que me levou, há uns tempos, a fazer uma encomenda de obras de Shakespeare que ainda não tinha lido (falei de algumas aqui no blog!). Assim que pensei nisto fui ver o que me faltava ler, fiz uma encomenda e venho-vos agora falar de uma das coisas simultaneamente mais doces e cruas que já li, Oliver Twist

 

26
Ago19

“Em Busca do Tempo Perdido”, Marcel Proust

Sofia

“Sonhamos muito com o paraíso, ou antes, com numerosos paraísos sucessivos, mas são todos, muito antes de morrermos, paraísos perdidos, onde perdidos nos sentiríamos."

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Finalmente. Se seguem o blog sabem que, no começo da primavera, quando tudo começava a florir, eu comecei a ler o primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido, ou seja, Do Lado de Swann, livro sobre o qual escrevi aqui. Lembro-me de ter pensado na altura que mais valia escrever sobre cada um dos sete volumes à medida que os fosse lendo, mas a verdade é que, assim que os lia sentia-me tão possessiva em relação à obra que não queria sequer falar sobre ela, não queria que ninguém "ma tirasse", que ela nunca deixasse de ser só “minha”. Sei que é estranho, mas é a verdade. Há semanas, acabei o último volume e, se só escrevo sobre a totalidade da obra agora, é porque tenho estado num processo de luto em relação ao tempo que perdi a ler estes 7 volumes e que nunca vou perder outra vez, pelo menos não da mesma maneira. O meu grande desejo era poder perder este tempo para sempre e nunca o reencontrar.

 

 

12
Ago19

“Carmen”, Prosper Mérimée

Sofia

“Ela mentiu, senhor. Ela sempre mentiu. Não me parece que ela alguma vez tenha dito algo que fosse verdade. Mas quando ela falava, eu acreditava nela” 

193853.jpgGeorges Bizet tem uma ópera lindíssima em quatro atos que eu adoro e que aconselho muito chamada Carmen (1875). Essa ópera, como quase todas as óperas tem um motivo literário por trás. Baseia-se numa obra de Prosper Mérimée com o mesmo nome, Carmen (1845). Há muito tempo que a queria ler, mas sabem como é, desde que desejamos uma coisa até que a concretizamos, passa uma vida. Enfim, li finalmente Carmen. 

 

 

Mais sobre a Sofia

Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.

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