“Dom Quixote de La Mancha”, Miguel de Cervantes
“Quando a própria vida parece lunática, quem pode saber onde está a loucura? Talvez ser demasiado prático seja loucura. Desistir de sonhos – talvez isto seja loucura. Demasiada sanidade talvez seja loucura – e a maior loucura de todas: ver a vida como ela é, e não como ela devia ser!”
Começo por vos dizer que esta é uma das reviews que estou mais feliz por fazer. Por duas razões. Primeiro, porque há muito tempo que queria ler este livro. Segundo, porque ele é mesmo muito grande e para mim, que estou habituada a ler “à velocidade da luz” (e da noite), foi especialmente estranho demorar praticamente duas semanas a acabar um livro. Admito, com alguma vergonha, que foi por isso que não li este livro mais cedo. Agora, sinto que me saiu um peso de cima (porque todo o bom leitor tem de ler Dom Quixote), e que saí desta experiência muito mais enriquecida, porque o livro realmente justifica o seu estatuto no cânone literário.