Há um tempo que queria ler esta obra, mas a verdade é que acabei por o fazer agora por motivos académicos. Porém isso não retirou entusiasmo à minha leitura. Só aumentou um bocadinho o olhar critico e fez, talvez, com que não apreciasse bem a obra como um entretenimento.
“Contemplai a extensão do céu, a sua estabilidade e célere movimento, e de uma vez por todas deixai de admirar coisas vis. E o céu não é mais admirável, em boa verdade, do que a ordem com que é governado. Como é arrebatadora a magnificência da sua beleza, como é veloz e mais fugaz do que a mutabilidade das flores primaveris.”
Quando comecei a ler este livro não tinha expectativas por aí além. Até porque não foi um livro que eu tivesse decidido ler. Porém, assim que iniciei a leitura percebi que estava perante algo extremamente belo. Acabei por o ler num instante e estou super agradada com o facto de esta leitura se ter proporcionado.
“Antes de mim não houve cousas mais do que as eternas e eu eterno duro. Deixai toda a esperança, vós que entrais."
Ler A Divina Comédia era um desejo antigo, já para não falar de uma “quase obrigação" para qualquer amante de literatura. A oportunidade acabou por se apresentar no início deste ano e foi com grande entusiasmo que comecei a leitura. Esta obra aparece sempre como uma das obras mais importantes, estudadas e analisadas, já para não falar citadas, o que torna ainda mais estranho só agora a ter lido. E o que torna mais difícil a tarefa de falar sobre ela aqui.
Estudante de Letras. Romântica Incurável. Perdida algures num sonho. Apaixonada por livros, chá, contos de fadas, tragédias e chuva. Entre Flores & Estrelas.